O número de adoções cresceu nos últimos dois anos em Sergipe. Em 2014 já foram contabilizadas 116 adoções, já em 2015 foram 124. Os dados foram apresentados durante uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira, 13, pela juíza Rosa Geane Nascimento, titular da 16ª vara cível, do Juizado da Infância e Juventude.

Este ano, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 26 anos. Na oportunidade, a Juíza falou sobre o processo de adoção, cadastro de adoção, audiências concentradas, entrega segura e sobre as campanhas ‘Adoção, deixa crescer o amor’ e ‘Criança e adolescente prioridade absoluta, vista essa camisa´.

Devido aos casos recentes de abandono, a juíza faz um alerta para este tipo de crime. "Abandonar uma criança é crime, mas se a mãe entregar essa criança de forma segura, a gente vai dar o apoio que ela precisa. O abandono de incapaz pode configurar crime de até 13 anos", orienta.

Na 16ª Vara estão cadastradas cerca de 232 pessoas interessadas em adotar e há 12 crianças para adoção. No estado, mais de 400 pessoas estão dispostas a adotar e há 29 crianças aptas para adoção. A juíza explica que as mães também se sentem desesperadas. "Queremos dizer a mãe que não consegue criar a criança, que venha ao juizado e converse com nossa equipe. A entrega em juízo é segura”, disse a juíza, ao esclarecer que os casos serão analisados.

Dificuldade

De acordo com Rosa Geane uma das principais dificuldades para adoção, são as exigências das pessoas cadastradas. O predominante é de crianças de 0 a 3 anos e meninas. “O grande problema da adoção é que o perfil do cadastro não coincide sempre com o perfil desejado pelo pretendente. Se não existissem essas exigências teríamos 12 crianças prontas para serem adotadas”, lamenta.