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Abastecimento de água será suspenso em cidades de SE por causa de vermes
06/05/2017 09:40 em Notícias

A partir das 18 horas desta sexta-feira (5) a gerência de Operação Regional Norte da Deso vai suspender a captação de água nos municípios sergipanos de Neópolis, Brejo Grande, no Povoado Saúde, em Santana de São Francisco; na sede de Ilha das Flores e também no Povoado Serra por causa da presença de vermes no lado alagoano do Rio São Francisco.

Segundo o gerente de operações Wilson Viera, a medida é preventiva e como já se sabe que são vermes conhecidos como poliquetas, que tem hábitos noturnos, a captação ficará interrompida até às 5 horas deste sábado (6). “O abastecimento vai ficar parado, mas a população continua recebendo a água tratada. Quem tem reservatórios nem vai perceber, porque será apenas uma noite. Pela manhã, iremos até a captação verificar se existe a presença deles”, afirma.

O gerente conta ainda que medidas mais drásticas vão ser tomadas caso os animais apareçam no lado sergipano. "Vamos suspender a captação até que a proliferação se esgote, mas até o momento não há risco algum para as cidades sergipanas”, afirma.

Wilson Viera explica que os vermes em proliferação apareceram na captação do Serviço de Abastecimento de Água e Esgoto (SAAE), em Penedo (AL), e de imediato foi emitido um alerta na região. “Lá eles pararam de captar enquanto o problema não era esclarecido. Quando tomei conhecimento do fato, entrei em contato com todos os operadores que trabalham nas nossas captações para verificar, mas nenhum verme foi encontrado do nosso lado e continuamos monitorando”, conta, completando que a Deso está preparada com uma equipe de biólogos e químicos para qualquer incidente.

Alagoas

O G1 Alagoas conversou com o assessor de relações públicas da SAAE, Caio Gonçalves, que explicou que com a detecção do problema foi iniciado um monitoramento. Uma amostra da água com os animais foi enviada para o IMA e para um especialista da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O professor do curso de engenharia de pesca da UFAL, Claudio Luiz Sampaio, identificou o tipo de verme como Poliquetas (Polychaeta), um verme aquático da classe anelídeo. "Este é um caso inédito. O IMA nos orientou a retirar a maior quantidade possível de vermes. Não podemos colocar cloro, pois a substância deixa o material cancerígeno. Só às 11h30, quando a maré ficou mais alta, o fornecimento de água voltou, pois os vermes teriam sido levados pela correnteza. Estamos correndo atrás para que isso não aconteça de novo", afirmou o assessor da SAAE Caio Gonçalves.

G1SE

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