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40% das ligações para o Samu são para casos de baixa complexidade, diz levantamento
Notícias
Publicado em 12/05/2017

O uso coerente do Samu é também necessário para a oferta de um atendimento preciso, feito ao paciente que precisa realmente de serviços móveis de urgência. “Quando um cidadão solicita uma ambulância para atendimento de baixa complexidade ele pode gerar situação de desassistência para alguém que esteja precisando de um serviço de emergência. O Samu não pode ser acionado, exclusivamente, em virtude da falta de recursos de um dado cidadão para locomoção até um posto de saúde”, concluiu Tiemi.

 

Quando acionar

 

No geral, o cidadão deve acionar o Samu em casos de traumas de grandes proporções, em situações de rebaixamento de nível de consciência, em caso de suspeita de infarto agudo do miocárdio, dispnéia súbita ou insuficiência respiratória aguda que indique necessidade de suplementação de oxigênio, suspeitas de acidente vascular cerebral ou derrame cerebral, entre outros casos configurados como graves.

Em situações de queimaduras graves, acidentes de trânsito com vítimas, intoxicação, trabalhos de parto onde haja risco de morte para o bebê ou para a mãe, casos de afogamentos, de choques elétricos, acidentes com produtos perigosos, ferimentos por armas de fogo ou branca (faca, facão) ou mesmo em casos de pacientes psiquiátricos em crise, o cidadão deve também realizar chamada telefônica gratuita para o 192.

*Com informações da ASN.Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) divulgou, nesta quinta-feira (11), que cerca de 40% das ligações recebidas pela Central de Regulação são para casos de baixa complexidade e não para casos de urgência que necessitam do envio de ambulância para o atendimento dos pacientes.

De acordo com a coordenadora médica do Samu, Tiemi Sayuri Fontes, conforme Portaria Nº 2.048, de 5 de novembro de 2002, do Ministério da Saúde, cabe ao médico regulador decidir sobre a gravidade de cada caso, de acordo com as informações transmitidas durante a ligação, visando atender da melhor forma possível as necessidades do paciente.

“O médico que atende as ligações por meio do 192 define a necessidade ou não de envio de viatura e qual a viatura a ser enviada, considerando as condições clínicas do paciente e os recursos disponíveis no Serviço. Ele ainda monitora e orienta o atendimento feito pelos profissionais que atuam nas ambulâncias ou motolâncias, os chamados intervencionistas”, explicou Tiemi.

Dados do Samu apontam o mês de abril como o de maior número de orientações feitas através do ramal, em 2017. Foram 338 requisições feitas, o que representa um acréscimo de quase 5% comparado a março. Até a última terça-feira (9), foram registradas 96 chamadas para orientações. Quase 29% do total de abril.

Segundo a coordenadora, entre os casos mais comuns de requisitantes que solicitam envio de ambulâncias do Samu, estão os de dor de cabeça, pressão alta e glicemia alta (diabetes). A orientação dada pelos médicos reguladores é que nem sempre há necessidade de acionamento de viaturas para pacientes que estejam com esses diagnósticos, conscientes ou aptos para fazer uso de medicações prescritas por algum médico, em suas próprias residências ou em alguma unidade básica de saúde.

“Há casos de pacientes com crise de hiperglicemia, que não necessitam de locomoção por meio de ambulância, diferente dos casos de hipoglicemia. A Central de Regulação também recebe pedidos de ambulância para casos de gestantes que apresentam cólicas ou contrações ainda fracas, para pacientes que precisam de informações após uma cirurgia, e além desses, para casos até de gripe. A depender das condições clínicas dos pacientes, orientamos até a locomoção por meios próprios até uma Unidade Básica de Saúde, sendo esta apta a atender casos de baixa complexidade”, explicou.

 

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