Os condutores de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) iniciaram uma paralisação de 72 horas nesta segunda-feira (3) em Sergipe. Durante os três dias, 30% do efetivo estará de braços cruzados. Além dos problemas com os veículos, a categoria se queixa da falta de reajuste salarial.
O presidente do Sindicato dos Condutores (Sindconam-SE), Adilson Ferreira, afirma que 68% da frota deveriam estar trabalhando nesta segunda, mas não é possível precisar o número de ambulâncias que estão disponíveis para atender a população, isso porque, segundo ele, “mais da metade da frota vive parada por falha da administração”.
O sindicalista cita como exemplo o último final de semana, quando 34 das 59 ambulâncias que deveriam prestar serviço estavam paradas. Uma situação que, de acordo com Adilson, retarda o atendimento, inclusive para os casos de urgência.
“Das 16 UTIs, apenas cinco ou seis costumam rodar. Esses carros vão para a oficina e não voltam”, diz, defendendo uma apuração dos Ministérios Público Estadual e Federal.
O presidente do Sindicato também afirma que os condutores estão insatisfeitos com a política salarial do governo do Estado, que há quatro anos não concede reajuste ao funcionalismo. Os trabalhadores, conforme Adilson Ferreira, pleiteiam a recomposição inflacionária do período.
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse apenas que “garante a manutenção do efetivo constitucional, o que não provocará desassistência aos chamados de ocorrências que porventura cheguem através da Central de Regulação de Urgência – CRU”.
A8SE