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Belivaldo Chagas toma posse como governador de Sergipe
Notícias
Publicado em 02/01/2019

Por Anderson Barbosa e Gustavo Rodrigues, G1 SE — Aracaju

 

 

 

Belivaldo Chagas (PSD) foi empossado no cargo de governador de Sergipe no início da tarde terça-feira (1º). A solenidade foi realizada na Assembleia Legislativa, no Centro de Aracaju, e contou a presença autoridades e familiares. Eliane Aquino (PT) também foi empossada como vice-governadora.

 

Reeleito com mais de 64% dos votos válidos no segundo turno das Eleições de 2018, durante o discurso, Belivaldo se mostou emocionado e disse que vai corresponder às expectativas dos sergipanos que o elegeram.

 

"Não farei nada sem antes discutir com a sociedade, como os deputados, vereadores. Não vou governar sozinho. A sociedade cobra por mudanças”, afirmou.

 

No discurso Belivaldo reafirmou o compromisso às regras republicanas, dizendo que assim faria alicerçado na ética e decência. "Faço uma única promessa ao povo sergipano: Não terei tolerância com o favorecimento, o descuido, a irresponsabilidade ou com ilicitudes de qualquer natureza. O maior patrimônio da minha vida é a credibilidade, a honra que preservo do meu nome", afirmou no início do discurso.

 
Belivaldo se emocionou várias vezes durante o discurso — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SEBelivaldo se emocionou várias vezes durante o discurso — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SE

Belivaldo se emocionou várias vezes durante o discurso — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SE

Ele também falou sobre a importância da parceria na chapa com Eliane Aquino e lembrou do governador Marcelo Déda, que morreu em dezembro de 2013 e era casado com a vice-governadora.

"A Eliane o destino reservou o papel de colher aqueles sorrisos dos sergipanos que Marcelo Déda, na sua corajosa e espiritualizada aproximação com a inevitável passagem, dizia que eram a suprema motivação para o seu sacrifício: os rostos felizes dos sergipanos com o resultado dos projetos pelos quais denodadamente lutava. Juntos, eu e Eliane iremos buscar aqueles sorrisos que Déda sabia não iria vê-los, mas que eram a inspiração e a força guiando os seus últimos passos", declarou emocionado.

 
Presidente da Alese, Luciano Bispo, discursou ao lado da vice-governadora Eliane Aquino — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SEPresidente da Alese, Luciano Bispo, discursou ao lado da vice-governadora Eliane Aquino — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SE

Presidente da Alese, Luciano Bispo, discursou ao lado da vice-governadora Eliane Aquino — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SE

A solenidade foi comandada pelo presidente da Casa, o deputado Luciano Bispo (MDB). “O senhor terá desta casa toda a ajuda para fazer governabilidade no estado de Sergipe. Sei que o senhor é o melhor para comandar o estado. Fique certo que estaremos nesta casa para votar naquilo que o senhor tem de melhor para Sergipe. Muita força”, enfatizou o presidente da Alese, Luciano Bispo.

Após a posse, o governador fez a revista da tropa da Polícia Militar na Praça Fausto Cardoso, em frente ao prédio da Assembleia Legislativa e deixou o local para participar de uma missa de ação de graças na Igreja Nossa Senhora Aparecida, no Conjunto Bugio.

 
O governador faz a revista da tropa da Polícia Militar na Praça Fausto Cardoso, em frente a Alese — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SEO governador faz a revista da tropa da Polícia Militar na Praça Fausto Cardoso, em frente a Alese — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SE

O governador faz a revista da tropa da Polícia Militar na Praça Fausto Cardoso, em frente a Alese — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SE

 

Coletiva

 

Antes da posse, ele falou com a imprensa e disse que desde abril do ano passo, quando assumiu o governo [com a saída de Jackson Barreto, que disputou as eleições para o senado], vem se inteirando dos trabalhos.

"De lá pra cá nós temos trabalhado no sentido de buscar conhecer cada vez mais de perto a questão, principalmente, é, relacionada ao aspecto financeiro, já que temos um conhecimento dos demais aspectos de um modo geral. Mas o fato concreto é que quando a gente vai encerrando o exercício de um governo a gente vai se deparando com dificuldades aqui e acolá. Nós estávamos trabalhando os últimos oito, nove meses acompanhando sempre o fluxo de caixa e trabalhando com uma reserva mínima necessária para corresponder aos momentos de queda na receita", disse.

 
Belivado Chagas falou com a imprensa antes da posse — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SEBelivado Chagas falou com a imprensa antes da posse — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SE

Belivado Chagas falou com a imprensa antes da posse — Foto: Gustavo Rodrigues/G1 SE

Belivaldo afirmou ainda que 2019 será um ano "extremamente difícil" para Sergipe e que a prioridade dele é equilibrar as contas do estado. Segundo o governador, Sergipe tem um défict de cerca de R$ 400 milhões e que esse valor pode chegar até os R$ 500 milhões e apresentou possíveis soluções para zerar esse défict.

"No primeiro momento apresentamos uma parte da reforma administrativa onde reduzimos o número de secretarias e de cargos de comissão. No segundo momento nós vamos fazer uma reforma administrativa na administração indireta revendo a posição e situação das empresas, também revendo todos os contratos para que a gente busque economia. Mas como sabemos que o principal problema do estado hoje é a previdência, sabemos também que, com essas medidas cobriremos um défict mensal que temos de R$ 50 milhões", explicou.

 

Perfil

 

Belivaldo Chagas Silva tem 58 anos e nasceu no município de Simão Dias, a 100km de Aracaju no dia 19 de abril de 1960.

Ele foi deputado estadual por quatro legislaturas e ocupou o cargo de secretário da Casa Civil secretário de Estado da Articulação com os Municípios, coordenador Geral do Projeto Nordeste, diretor-presidente da Segrase e secretário de Estado de Educação.

Em 2007, foi eleito para o primeiro mandato como vice-governador do Estado, junto com o governador Marcelo Déda, cargo que ocupou até 2010. Já em 2014, foi eleito vice-governador de Sergipe pela segunda vez, tendo Jackson Barreto como governador para o exercício até 2018.

No dia 7 de abril de 2018, tomou posse como governador de Sergipe, após Jackson Barreto (MDB) deixar o cargo para concorrer ao senado.

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