Em 2018, Sergipe gerou 841 empregos com carteira assinada, provenientes de 86.332 admitidos contra 85.491 desligados. No cenário nacional, o mercado de trabalho fechou o ano com a criação de 529.554 vagas. Das 27 unidades da federação, 23 apresentaram variação positiva de emprego. Mato Grosso (+4,07%), Amapá (+3,48) e Espírito Santos (+2,48%) pontuaram os melhores resultados. Na outra extremidade estão Acre (-1,23%), Roraima (-0,76%) e Mato Grosso do Sul (-0,61%). Sergipe (+0,30) ficou na 21ª posição no ranking do país e sétima no regional. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho.
Gráfico – Emprego formal por setor de atividade econômica – Sergipe – 2018
A construção civil e o setor de serviços foram os grandes geradores de emprego no estado, pontuando um saldo anual de 1.221 e 1.024 postos de trabalho, respectivamente. Os demais setores apresentaram desempenho negativo: comércio (-539), indústria de transformação (-515), extrativa mineral (-144), administração pública (-131), agropecuária (-43) e serviços industriais de utilidade pública (-32 vagas). A contribuição para a expansão do emprego na construção civil e no setor de serviços veio, sobretudo, da montagem de estruturas metálicas (+634) e ensino (+766), respectivamente.
Carmópolis e Itabaiana foram os que mais abriram vagas
Os municípios que mais contribuíram para o saldo positivo no emprego foram Carmópolis (+485), com a atividade de instalação e manutenção elétrica, e Itabaiana (+445), com comércio varejista (hipermercado). Em contraposição, Aracaju destacou-se com a perda de 1.324 vagas, só na atividade de teleatendimento foram 1.104 postos de trabalho extintos.
Resultado Acumulado
Após três anos registrando saldo negativo em decorrência da crise econômica brasileira, Sergipe voltou a gerar emprego em 2018. A crise que começou no final de 2014, refletiu no saldo de emprego de 2015 (-4.933 vagas), ficando mais evidente em 2016, quando o estado pontuou a maior perda de posto de trabalho dos últimos dez anos, a extinção de mais de 15 mil empregos com carteira assinada.
Em 2017, ainda que obtendo desempenho desfavorável, houve o primeiro sinal de que a economia seria retomada: com redução significativa no ritmo de queda, o estado encerrou o ano com perda de 851 vagas.
Sergipe iniciou os três primeiros meses de 2018 com saldo negativo. Em setembro apresentou o melhor resultado para o mês desde 2014, criando 4.633 vagas. No mês posterior, foram quase 2.500. Com isso, o estado encerrou o ano com saldo de 841 empregos gerados. Embora pouco expressivo, esse resultado representa uma pequena recuperação do mercado de trabalho sergipano. Diante do quadro de grandes perdas ocorridas nesses dez anos, principalmente em 2015 e 2016, a perspectiva é que, ainda que timidamente, novas contratações voltem a acontecer.
Por; FAxAju