O MPF/SE deverá ajuizar pedido de prisão contra caçadores dos municípios de Porto da Folha e Poço Redondo, que atuam de forma clandestina e criminosa dentro da área indígena Caiçara, aldeia Xokó, realizando a caça predatória.
Após a prisão em flagrante de duas pessoas que estavam em território indígena, durante o mês de setembro de 2018, a Polícia Federal acabou por realizar uma investigação minuciosa sobre caçadores que atuam semanalmente na aldeia Xokó. Com as investigações os agentes chegaram aos nomes de mais 03 pessoas que são consideradas chefes da quadrilha que cometem tais crimes ambientais. Duas dessas pessoas residiriam no povoado Linda França e a outra, no povoado Lagoa do Mato, ambas as localidades situadas no município de Porto da Folha.
Sobre os investigados, a Polícia Federal descobriu que um deles adquiriu um terreno que faz fronteira com a área indígena, para facilitar o seu acessSE e de comparsas, direto ao interior da terra. Os outros dois chegam a organizar acampamento no local, passando a maior parte da semana na terra indígena realizando a caça predatória, para fins comerciais. Um dos investigados já teria passagem pela polícia e um outro trabalharia como motorista autônomo, ambos do povoado Linda França.
O Ministério Público Federal diz ter provas suficientes para pedir a prisão dos acusados, baseado na Lei de Proteção Ambiental e na invasão à área proibida, sob jurisdição da União e Justiça Federal.
Por MPF/SE.