O governador Belivaldo Chagas e a vice-governadora Eliane Aquino participaram, na tarde desta terça-feira (12), da celebração do contrato entre a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e a Fundação Dom Cabral, para elaboração do Plano de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Sergipe (PDES) 2020/2030. O contrato é no valor de R$ 700 mil. A solenidade ocorreu no auditório do Tribunal de Contas de Sergipe (TCE).
Belivaldo Chagas considerou extremamente positivo a iniciativa da Alese de realizar um Plano de Desenvolvimento para Sergipe, pelo fato de agregar novas ideias ao planejamento do Estado. “Nós já estamos em execução com o planejamento estratégico 2019/2022, que representa esse período do governo. Também estamos em fase adiantada de elaboração de um outro projeto, que nós denominamos ‘Sergipe 2050’, em que pensamos o estado para gerações futuras", acentuou.
Para o governador, o Plano vai gerar informações, considerações e sugestões, tornando-se um documento balizador para que as políticas públicas sejam colocadas em ação. “Você não pode vencer os obstáculos se você não tiver a somação dos mais diversos segmentos da sociedade. Entendo que toda e qualquer colaboração que alguém puder dar às mais diversas áreas de atuação do governo, é importante e eu quero parabenizar a Assembleia Legislativa por essa iniciativa", concluiu.
O presidente da Alese, deputado Luciano Bispo, afirmou que a iniciativa da Casa é uma maneira de colaborar com o desenvolvimento do estado, garantindo um futuro melhor para as futuras gerações. “Quando se fala em economia todos nós nos preocupamos. Quero dizer que é com muita satisfação que estamos tentando dar essa contribuição através da Fundação Dom Cabral, que vai ouvir todos os Poderes, todas as instituições, todas as camadas da sociedade para o plano, que não é nosso; é da sociedade sergipana”, pontuou.
O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, afirmou que o planejamento estratégico é a semeadura do futuro. “Acredito que estamos iniciando um novo ciclo econômico em Sergipe e precisamos de novos patamares de desenvolvimento. O planejamento exige muita acuidade, paciência, tranquilidade para aplicar aquilo que temos como objetivo final. Temos que detectar a realidade como ela é e planejar os sonhos que queremos alcançar”, frisou.
Ouvir a sociedade
A diretora de Desenvolvimento de Organização da Fundação Dom Cabral, Iris Castro, afirmou que este é um plano que se pretende construir alicerçado nas demandas da comunidade, observando as reais necessidades do estado, para que seja sólido e sustentável ao longo dos próximos 10 anos.
A equipe do Dom Cabral terá um prazo de sete meses para concluir os trabalhos e apresentar as novas diretrizes de desenvolvimento para o estado. "É um caminho que se constrói a partir de bases e de conversas com a comunidade, com a sociedade civil organizada, com esta Casa e com os diversos Stakes Holders do Estado", discorreu Castro.
O plano é constituído de 6 etapas: a primeira etapa é o lançamento que acontece hoje. Os próximos passos serão os estudos, as pesquisas, as negociações com os segmentos da sociedade e a conclusão do trabalho a ser elaborado por vários especialistas.
O professor da Fundação Dom Cabral, Humberto Falcão Martins, fez uma exposição de como será elaborado o Plano de Desenvolvimento, destacando que o objetivo é mostrar que planejar é o grande diferencial para tudo. “Planejar é fundamental porque permite definir um foco, um futuro ideal, e trabalhar para chegar lá. Afinal de contas, não existe vento favorável para quem não sabe para onde quer ir. O não planejar significa desperdiçar recursos, perder oportunidades, fragmentar os escassos recursos e não alcançar resultados”, revelou.
Ele disse que o propósito de todo esse trabalho é produzir elementos técnicos, para que a sociedade de Sergipe, incluindo os agentes governamentais, possa tirar proveito desses elementos. “Os caminhos que vamos percorrer será o de ouvir a sociedade civil, o Poder Público, os agentes privados. Nós também vamos produzir alguns elementos técnicos, levantando e coletando dados, identificando, objetivamente, problemas e potencialidades, além de apontar e identificar os possíveis rumos”, explicou Martins.