O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem 14,4 mil pedidos de benefícios previdenciários pendentes há mais de 45 dias em Sergipe. O benefício com maior fila de espera é o assistencial dado à pessoas com deficiência, que tem mais de 5.630 mil na lista. Os dados foram solicitados ao INSS pelo G1.
O prazo de 45 dias é o período para que o INSS comece a pagar o benefício, após o usuário dar entrada na solicitação. Na maioria dos casos, o atraso ocorre devido a problemas no sistema de análise da própria previdência. Em todo o país, até o início da semana passada, quase 2 milhões de pessoas estavam na espera mesmo após esse prazo. Desses, 500 mil estão a espera de documentos que dependem do segurado, mas quase 1,5 milhão estão parados por falha no sistema.
Requerimento pendentes em Sergipe acima de 45 dias
5.6305.6302.8202.8202.3712.3711.6811.6811.3341.3345565561616Por deficiênciaPor tempo de contribuiçãoPor idadeSalário-maternidadePor morteAssistencial ao idosoAuxílio-reclusão02k4k6k
Fonte: INSS
Na semana passada, o governo federal reconheceu o problema e anunciou medidas para reduzir a fila de espera. Entre elas, está a previsão de convocação de militares da reserva para o atendimento no órgão. No entanto, a situação só deverá se normalizar em setembro, de acordo com a previsão do próprio poder Executivo nacional.
Porém o governo federal ainda não publicou os decretos que vão implementar as medidas emergenciais anunciadas. Não há prazo para que a situação seja normalizada. A expectativa do governo é de oito meses. A reportagem da TV Globo apurou que os decretos podem ser publicados no fim desta semana ou no início da próxima.
Oficialmente, o governo afirma que os decretos ainda estão sendo preparados, inclusive o que deve estabelecer a contratação de 7 mil militares da reserva. A seleção dos militares será feita pelo Ministério da Defesa. Hoje, 7.820 servidores do INSS fazem a análise de documentos para a concessão de benefícios. Com a chegada dos militares, funcionários do INSS devem sair do atendimento e reforçar a análise.