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Sergipe é o terceiro estado com maior número de presos que trabalham, afirma Monitor da Violência
Notícias
Publicado em 15/02/2020
Dos 5,4 mil internos do sistema prisional sergipano, 37,2% estão trabalhando 
Sexta-Feira, 14 de Fevereiro de 2020

Sergipe é o terceiro estado do país, e o primeiro da região Nordeste, com maior número de presos que trabalham. O dado faz parte do novo levantamento apresentado pelo Monitor da Violência do G1. Segundo a publicação, dos 5,4 mil presos, 37,2% dos internos do sistema prisional sergipano estão trabalhando.

Para a construção do Monitor da Violência, o G1 ouviu especialistas do Núcleo de Estudos da Violência da USP e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Segundo os dados apurados, no Brasil há 737.892 internos no sistema prisional, dos quais 139.511, ou 18,9% do total, trabalham.

O secretário da Justiça e Defesa do Consumidor, Cristiano Barreto, explicou que o caminho para a redução da reincidência na criminalidade está relacionado com o desenvolvimento de projetos e ações que promovam a ressocialização. Dentre essas, estão o aprendizado e a realização de atividades que contribuam para a manutenção das unidades e para o desenvolvimentos pessoal do interno.

“Nós entendemos que a solução para o Sistema Prisional passa pela ressocialização dos internos. Assim, instituímos uma coordenação que foca a reinserção social, que é o estudo, trabalho, assistência social e saúde das unidades prisionais. Nós entendemos que o preso ocioso tende a retornar ao sistema prisional quanto tivesse sua liberdade. Então era preciso conferir a ele uma atividade, uma ocupação”, frisou.

Estudo

Embora haja um alto índice de presos trabalhando, o percentual de detentos que estudam em Sergipe ainda é baixo, com um percentual de 3,6% dos internos. “Com relação ao trabalho, existe a questão da diminuição da pena, fora que é remunerado e o preso consegue ajudar a família. É mais atrativo. Além disso, é preciso lembrar que tudo é sempre voluntário. Não podemos obrigar os internos a estudarem”, concluiu o secretário.

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