Segundo informações de parentes, o corpo de Adriano Leon será cremado em Sergipe nesta segunda (10) e levado, possivelmente, para Belo Horizonte (MG) nessa terça (11).
O corpo foi localizado por um novo acesso ao mangue, que foi realizado após o corte de parte da vegetação e aterramento. O local irá passar por recuperação ambiental, de acordo com o diretor-presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente, Gilvan Dias.
“Dada a necessidade, a legislação permite que haja essa alteração para que se obtenha êxito nos trabalhos. Conforme as recomendações técnicas, ainda estamos fazendo a retirada de componentes e motor. As equipes estão tentando fazer isso para iniciar a retirada de parte de areia e plano de recuperação da área degradada, incluindo a vegetação nativa do mangue, que é um berçário da biodiversidade marinha", disse.
Próximo ao local onde estava o corpo foram encontrados o motor e partes da aeronave. Outras peças já haviam sido resgatadas e enviadas para o Aeroclube de Aracaju, onde vão ficar à disposição da Polícia Federal.
Segundo as equipes de buscas, os trabalhos foram dificultados pela vegetação densa, pela contaminação por vazamento do combustível e pela poluição já existente na rede de esgoto. Durante os trabalhos, alguns bombeiros chegaram a passar mal e foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.
As tentativas de resgate duraram quatro dias e envolveram bombeiros militares, agentes das polícias Civil e Militar, da Defesa Civil, cães farejadores e representantes de vários órgãos da Prefeitura de Aracaju.
A possibilidade de encontrar o piloto com vida começou a ser descartada pelas autoridades após a SSP informar, na tarde da última sexta-feira (7), que exames confirmaram que os restos mortais encontrados próximo a fuselagem do avião eram de Adriano.
Adriano Leon estava retornando a uma fazenda no município mineiro de Unaí, após deixar um passageiro na capital sergipana. Minutos depois da decolagem, no Aeroporto Santa Maria, o piloto relatou um problema à torre de controle e tentou retornar ao aeroporto, mas acabou caindo por volta das 11h40 em uma área de manguezal, na Avenida Desembargador José Antônio de Andrade Góes, distante cerca de três quilômetros do local da decolagem.
O piloto nasceu e fez faculdade de ciências aeronáuticas em Belo Horizonte (MG). A esposa dele, Michelle Rodrigues, estava em Aracaju para acompanhar as buscas. Segundo o tio dela, Jair Rodrigues da Cruz, que mora na capital sergipana, ela está grávida e preparava uma surpresa para o marido.
As investigações do acidente estão sendo conduzidas pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), vinculado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa).